quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Cinema Patológico!


Olá a todos os amigos e seguidores deste espaço! Bom sono, pois escrevo este texto de madrugada, e é o que imagino que estejam fazendo, dormindo, enquanto me dirijo a vocês.

Começo dizendo que não esperava... mas, me senti bastante lisonjeada com o convite da Luciana para colaborar, com comentários sobre cinema, neste importante blogue que, pelo que entendi, busca reunir não só pessoas portadoras de Ataxia, mas familiares, amigos, cuidadores, leigos e quem mais chegar..., para trocar experiências diversas e/ou afins.

Nesta apresentação, faço um breve relato sobre nossa amizade. No passado, Lu e eu, compartilhamos muitos bons momentos e, claro, esses são sempre lembrados por nós.
Morávamos num condomínio, na época, com pouco acesso, próximo à Granja Vianna (SP), muito bucólico, uma espécie de “Shangri-lá”, onde pessoas “fugidas” do caos de São Paulo, ou vindas de outras cidades e estados, tinham uma convivência harmoniosa, solidária, simples e gostosa. Com uma natureza exuberante e, no meio a tanto verde, eram constantes as visitas de animais silvestres em nossos jardins como macacos, cobras, gaviões, pica-paus, beija-flores etc.

Nossas filhas brincavam livres pelas ruas do condomínio, andavam de bicicleta, frequentavam a rua do “laguinho”, e curtiam o máximo daquela vida privilegiada, junto à natureza. Escrevendo estas palavras agora, muitas coisas que não pensava há anos vêm à cabeça, como cenas de um bom filme. E por falar em filme, Lu e eu tínhamos o hábito de pegar um cineminha juntas.

Enfrentávamos uma estrada estreita, cheia de curvas e, para compensar, muitas vezes, fazíamos seção dupla. Marcou o dia em que vimos “O carteiro e o poeta” (uma película poética, que revela a simplicidade de um carteiro, somada à sensibilidade de Pablo Neruda, numa remota ilha à margem do Mediterrâneo) e, a seguir, assistimos o drama-comédia de Ang Lee, “Razão e sensibilidade”! Esse clássico adaptado de um livro de Jane Austen, porém demais dramático (pelo menos foi o que sentimos, nos idos anos 90), nos tirou bons risos.

E foi Lu quem começou, já a entrego logo, caso possa ter aqui algum cinéfilo, que o tenha assistido, nesse mesmo dia, numa pequena sala, dentro do Centro Comercial de Alphaville, em Barueri! Só de fazer o relato, deu vontade de rever esse filme, pra saber o porquê, em um determinado momento, não pararmos de rir! Com certeza, agora, ambas mais maduras, com outras leituras da vida, o veríamos diferente!

Enfim, estava esquecendo de me apresentar. Chamo-me Márcia, sou divulgadora científica num instituto do governo federal (pelo menos até neste vinte de fevereiro), moro na capital do país e, valorizo, sobretudo, o fato de termos informações e poder transformá-las em conhecimento. Entre outras coisas, adoro ouvir músicas, estudar, ler, viajar, caminhar... sentindo o deslocar no mapa, observar a natureza, conhecer pessoas e culturas diferentes, e ver filmes! Muiiitos filmes! Há algum tempo, desenvolvi um gosto especial por cinema europeu e asiático! Curto muito mesmo!

Neste espaço, de início lembrei de três recentes filmes* (que contam com um ponto em comum: a figura do cuidador de pessoas com deficiência e de idosos), que poderia estar comentando alguns aspectos com vocês, e que volto em outro momento, para fazê-lo. Gostaria que levassem em conta, que não sou crítica de cinema. Como toda cinéfila, sou apaixonada por filmes, apenas isso. Apesar de ler muita coisa sobre, não pretendo produzir textos técnicos, nem discutir os diversos movimentos do cinema. Eventualmente, poderei citá-los, mas não me julgo apta para maiores aprofundamentos. Confesso que será um desafio, pois tantas vezes pensei em ter meu próprio blogue e nunca o fiz, com receio de não ter paciência ou tempo para alimentá-lo! Assim, enquanto puder contribuir, e o quanto vocês aturarem, contem comigo aqui, colaborando com a amiga Luciana. ;)

 Por Márcia Rocha

* Filmes: "Os intocáveis" (França, 2011), "E se morássemos todos juntos", Alemanha-França, 2011), e “Amor”, (Alemanha-França-Áustria, 2012).

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