segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Um pouquinho de: Luciana Napoli

Existem duas maneiras de se viver a vida: uma é de modo triste, a outra é alegre. Eu escolhi a segunda, e posso te assegurar que a vida fica mais leve. Rir de tudo e  principalmente de você mesma e das situações que a vida lhe impõe. Por  exemplo, se você vai a uma festa, vá com a intenção de comer bem, assim  tira-se o foco das pessoas, que ficam com pena de você estar numa cadeira de rodas e mal consegui falar (elas não entendem que para um portador de degeneração espino cerebelar o que é preciso é somente um ambiente calmo e sem música alta, tipo "bate estaca"). Mas eu disse degeneração espino-o quê?

Foi exatamente o que o neurologista  me disse: degeneração espino cerebelar, há exatamente 10 anos atrás. E comecei a pesquisar, nisso eu tive a grande colaboração da minha norinha a Fabianna, a qual sou muito grata por me enviar pela internet (viva a tecnologia) tudo sobre o assunto. Foi no exame de sangue (devo confessar que tenho maior medo, já cheguei a fazer escandalo, e não sou nenhuma garotinha, tenho 53 aninhos somente) que foi detectado, mais especificamente, o nome da minha degeneração: D.M.J. DOENÇA MACHADO JOSEPH. Nome dado por causa dos médicos que descobriram essa patologia. Chique no "urtimo"!!!!!!!!!!!!!!! Não sou corinthiana.....

Comecei a perceber os primeiros sintomas com uma tontura, que eu achei que era cansaço, pois eu trabalhava muito, depois parecia que eu tinha feito por horas academia (nunca fui adepta dessa geração saúde, isso porque como disse a Marcia Rocha morávamos num desses condomínios longe do tumulto de Sampa... Eu até me propus a fazer caminhada logo cedo com uma amiga, a Cleide, mas durou longos 2 meses). Ai minhas pernas! Para pavor meu, travavam ficando duras, ou seja, não obedeciam a uma simples ordem: andar. Imagina eu, uma paisagista que tinha dificuldade de andar pelo jardim do cliente. Mesmo assim eu trabalhei até aonde eu pude. Isso porque não falei que é uma doença hereditária, no meu caso, (Tinha que herdar isso??? Porque não dinheiro, como a gente ouve falar) e progressiva, ou seja, piora cada dia mais, e não tem cura ainda.

Foi por causa de um seriado japonês, que relata a vida de uma garota que tem Ataxia que eu disse para mim mesma que iria viver intensamente, com superações dos meus medos e objetivos definidos e realizados. Já realizei um que achávamos (todas as pessoas que sabiam) impossível. Mas tenho mania de colocar na mão de Deus, para Ele resolver, e deixar por conta dEle.

Também já realizei um medo que tinha. Morria de medo de altura. Ano passado fui com os meus filhotes Thiago, André, Fabianna, Ligia, Bruno e Priscilla (alguns filhos legítimos e outros agregados) andar de tirolesa, superando meu medo de altura.


Ainda falta alcançar alguns objetivos (3 apenas): andar de balão como fez e vai contar minha amiga, Celia Pitaluga, voar de paraglaider e fazer rafting, que é mais difícil por que envolve água. Quando tiver essa etapa concluída, vou sonhar e realizar outros, afinal o importante...

É SER FEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEELIZ!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Luciana Napoli

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